A Cultura do Bacaba/Patauá
Espécies do gênero Oenocarpus possuem distribuição ampla. São originárias do Norte da América do Sul, onde ocorrem em áreas de terra firme, de matas densas e secundárias em capoeiras e em várzea, mas podem ser encontradas em áreas abertas de solos bem drenados, de baixa altitude e com precipitação média anual de 1500 mm a 3000 mm. São palmeiras perenes, monocaules (O. distichus, O, bacaba e O. bataua) e multicaules (O. mapora e O. minor), sem espinhos, com estipe liso, reto, marcado por anéis que correspondem às cicatrizes foliares, atingindo de 7 a 22 m de altura e de 12 a 25 cm de diâmetro. As multicaules podem ser propagadas via sexuada e assexuada. O ramo florífero é interfoliar, com duas brácteas lenhosas, de tamanho e formato distintos e inflorescência, do tipo cacho. Na inflorescência há um número variável de flores unissexuais, de coloração creme.Os cachos têm tamanhos variáveis e possuem, dezenas, centenas a milhares de frutos arredondados, tipo drupa subglobosa, de tamanhos, pesos e coloração variáveis, indo do verde a violácea. A semente varia no formato, tamanho e peso, todas de comportamento recalcitrante. Os eventos de floração e frutificação são observados ao longo do ano. São monoicas, dicógamas, protândricas e alógamas. Têm síndrome de polinização entomófila, possivelmente por cantarofilia. São utilizadas integralmente pela população nativa. Possuem potencial econômico nos frutos, no preparo de uma bebida de sabor agradável, conhecida por “bacaba” ou “patauá”, de coloração creme- leitosa e consumida de forma semelhante à obtida do açaí. Produzem óleo de excelente qualidade, similar ao azeite de oliva, que pode ser utilizado como remédio, cosmético e na fabricação de sabão. A parte superior do estipe produz palmito e o estipe permite a extração de madeira.
Bacaba/Patauá
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Gênero(s): Oenocarpus
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Espécie(s): O. bacaba; O. bataua; O. distichus; O. mapora; O. minor.
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Tipo da semente: Semente recalcitrante
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