Coleta

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1.Ato planejado de obtenção de material vivo (germoplasma) e plantas secas para posterior tratamento, identificação e conservação em banco ou coleção de germoplasma e, no caso de plantas secas, em herbário. 2. Em recursos genéticos vegetais, o ato de coletar o germoplasma de cultivos agrícolas, de aparentados silvestres de culturas ou de espécies com interesse científico e econômico, seja sob a forma de sementes, peças vegetativas ou o indivíduo transplantado. 3. Em botânica, o ato de coletar ramos, partes de plantas ou indivíduos de seu habitat natural, prensá-los dentro de jornais, secá- los em estufas específicas e incorporá-los a herbários.[1]

Coleta de germoplasma ou, resumidamente, “coleta” é o conjunto de atividades que visam à obtenção de unidades físicas vivas que contenham a composição genética de um organismo, ou amostra populacional de determinada espécie, com habilidade de se reproduzir [2]. Dependendo do contexto, o termo também pode ser aplicado à missão ou à expedição de cmapo que busca obter essas unidades. [3] Tal definição de coleta remete o conceito para algum tipo de unidade física palpável, que seja representativa da população ou da espécie-alvo da ação. Sendo assim, dependendo da espécie, o germoplasma pode ser coletado, manipulado e conservado na forma de sementes, mudas, estacas ou por meio de cultura de tecidos.

Coleta de germoplasma está intimamente vinculada aos processos de conservação ex situ, sendo uma das maneiras básicas de se enriquecer as coleções. Juntamente com a introdução e o intercâmbio, forma os pilares tradicionais do enriquecimento em recursos genéticos. Portanto, um banco ativo de germoplasma (BAG) é um usuário natural que demanda ações de coleta, objetivando o enriquecimento das coleções mantidas ex situ.

Como realizar uma expedição de coleta

Cada espécie (ou produto) requer determinadas ações e procedimentos na coleta que são particulares, quer sejam eles de planejamento, de estratégias ou de materiais e equipamentos necessários nas atividades de campo. Em outras palavras, as estratégias e os procedimentos de coleta variam de espécie para espécie, de produto para produto. Em consequência, não há como indicar um procedimento único, universal, aplicável a qualquer situação que necessita de coleta. Exemplificando, o que se demanda na coleta de espécies florestais é muito diferente das demandas para espécies herbáceas, tendo em vista que a biologia das plantas é diferente.

Enquanto as primeiras são plantas perenes, altas, com ciclos reprodutivos que podem ser longos, as espécies herbáceas geralmente são anuais, baixas, com períodos de reprodução mais curtos. Os equipamentos necessários para a coleta de germoplasma de amendoim, uma planta cujo propágulo (ou unidade visada) se encontra enterrada no solo, são diferentes daqueles necessários à coleta de aroeira, uma árvore cujas sementes se encontram em frutos dispersos pelo vento.

Ver também

Alguns links que podem ser úteis na sua pesquisa:

Referências e ligações externas

  1. VALOIS, A. C. C.; SALOMÃO, A. N.; ALLEM, A. C. Glossário de Recursos Genéticos; Brasília-DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia; 2011.
  2. WALTER, B. M. T.; CAVALCANTE, T. B. (Ed.). Fundamentos para a coleta de germoplasma vegetal. Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2005. 778p.
  3. WALTER, B. M. T.: Manual de curadores de germoplasma – Vegetal: coleta de germoplasma; Série Documentos Embrapa 309; Brasília-DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia; 2009