Ecótipo

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Em genecologia, população (raça) local de uma espécie que apresenta características botânicas peculiares, as quais surgem como resposta do genótipo às características ecológicas típicas do ambiente local. O ecótipo resulta de uma adaptação muito estreita da planta ao ambiente local, onde a deriva genética pode revelar-se como um agente seletivo de maior importância que os demais agentes da seleção natural. Ecótipos freqüentemente mantêm suas características peculiares, quando transplantados clonalmente para ambientes distintos, o que sugere um forte comando genético na origem desta forma de vida. O ecótipo é uma de quatro categorias biossistemáticas (ecótipo, ecoespécie, coenoespécie, “comparium”), categorias estas usadas em genecologia e baseadas no relacionamento de fertilidade entre as mesmas. O termo ecótipo é freqüentemente mal aplicado por causa de distintas interpretações por autores. A percepção de que o ecótipo é uma morfologia peculiar a determinado ambiente (ex.: dunas arenosas; encostas alpinas) e que se repete neste ambiente para outras famílias botânicas, levou mais recentemente à definição de que o ecótipo corresponde a “raças ecológicas paralelas” (paralelismo ecotípico), onde se constata um forte vínculo entre a forma biológica apresentada (geófito, terófito, etc.), o hábito (erva, arbusto etc.) e o habitat da espécie. O ecótipo, por esta interpretação, representaria uma morfologia estandardizada que se associa a um tipo de habitat. Assim, existem vários tipos de ecótipos, um mesmo tipo podendo eventualmente ocorrer em grupos botânicos sem qualquer parentesco filogenético.[1]

Ver Também

Referências

  1. VALOIS, A. C. C., SALOMÃO, A. N. S., ALLEM, A. C. (Organizadores); Glossário de recursos genéticos; Embrapa-SPI; Brasília-DF. 1996. (Série Documentos Embrapa; 22)