Recursos Genéticos
Breve introdução
A diversidade biológica ou biodiversidade é representada por todas as espécies de plantas, animais, microrganismos, em interação com os ecossistemas e os processos ecológicos dos quais essas espécies fazem parte. Para melhor entendimento a biodiversidade é considerada em três níveis:
- Diversidade genética – representa a soma total da informação genética contida nos genes de indivíduos de plantas, animais e microrganismos que habitam o planeta Terra;
- Diversidade de espécies – refere-se à diversidade de organismos vivos na Terra, cujo total estima-se estar entre 5 e 30 milhões de espécies, das quais somente cerca de 1 milhão e 400 mil foram descritas;
- Diversidade de ecossistemas – refere-se à variedade de habitats, comunidades biológicas e processos ecológicos (McNEELY et al., 1990 in NASS, 2007).[1]
Recursos Genéticos são a base biológica da agricultura, constituem a matéria-prima indispensável ao trabalho dos melhoristas e representam a principal forma de armazenar a variabilidade/adaptação genética (FAO 1996).[2]
Embora o Brasil abrigue entre 10 a 20% do número de espécies conhecidas pela ciência e cerca de 30% das florestas tropicais no mundo (MMA 1998), os componentes básicos da dieta nacional são arroz, feijão, trigo, café, soja, batata e cana-de-açúcar, o que coloca o país como dependente da introdução de genótipos para garantir variabilidade genética que possibilite seu melhoramento e produção.
A Embrapa, desde 1974 atua na conservação de recursos genéticos. O resultado desse trabalho contínuo se destaca no conjunto de bancos de germoplasma em conservação nas suas diversas Unidades Descentralizadas da empresa por todo o Brasil, nas coleções mantidas a médio e a longo prazos, nos estudos relacionados à coleta e conservação de germoplasma in situ e in situ sob cultivo (junto aos agricultores/populações tradicionais).
Estratégias nacionais para conservação de recursos genéticos
A empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), associando-se à preocupação mundial sobre a progressiva erosão e perda de recursos genéticos, criou em novembro de 1974, o Centro Nacional de Recursos Genéticosw (Cenargen), atualmente Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, com objetivo inicial de enriquecer a variabilidade genética por meio de introduções ordenadas e sistemáticas e, também, desenvolver política de intercâmbio que atendesse a interesses nacionais. A meta principal do centro era aumentar a disponibilidade de recursos genéticos, de forma a suprir os progarmas de melhoramento genético com o germoplasma necessário para o desenvolvimento de novas variedades de plantas e de raças animais (GIACOMETTI; GOEDERT, 1989 in NASS, 2007).[3]
Referências e ligações externas
- ↑ NASS, L. L. (Ed. Técnico); Recursos Genéticos Vegetal; Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 1ª Edição, Pág. 27. Brasília-DF, 2007.
- ↑ Rede Nacional de Recursos Genéticos; <Fonte: http://plataformarg.cenargen.embrapa.br/rede-vegetal> <Acessado em 24/5/2017>
- ↑ NASS, L. L. (Ed. Técnico); Recursos Genéticos Vegetal; Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 1ª Edição, Pág. 27. Brasília-DF, 2007.