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Edição atual tal como às 14h39min de 13 de agosto de 2019
Em genecologia, população (raça) local de uma espécie que apresenta características botânicas peculiares, as quais surgem como resposta do genótipo às características ecológicas típicas do ambiente local. O ecótipo resulta de uma adaptação muito estreita da planta ao ambiente local, onde a deriva genética pode revelar-se como um agente seletivo de maior importância que os demais agentes da seleção natural. Ecótipos freqüentemente mantêm suas características peculiares, quando transplantados clonalmente para ambientes distintos, o que sugere um forte comando genético na origem desta forma de vida. O ecótipo é uma de quatro categorias biossistemáticas (ecótipo, ecoespécie, coenoespécie, “comparium”), categorias estas usadas em genecologia e baseadas no relacionamento de fertilidade entre as mesmas. O termo ecótipo é freqüentemente mal aplicado por causa de distintas interpretações por autores. A percepção de que o ecótipo é uma morfologia peculiar a determinado ambiente (ex.: dunas arenosas; encostas alpinas) e que se repete neste ambiente para outras famílias botânicas, levou mais recentemente à definição de que o ecótipo corresponde a “raças ecológicas paralelas” (paralelismo ecotípico), onde se constata um forte vínculo entre a forma biológica apresentada (geófito, terófito, etc.), o hábito (erva, arbusto etc.) e o habitat da espécie. O ecótipo, por esta interpretação, representaria uma morfologia estandardizada que se associa a um tipo de habitat. Assim, existem vários tipos de ecótipos, um mesmo tipo podendo eventualmente ocorrer em grupos botânicos sem qualquer parentesco filogenético.[1]
Ver Também
Referências
- ↑ VALOIS, A. C. C., SALOMÃO, A. N. S., ALLEM, A. C. (Organizadores); Glossário de recursos genéticos; Embrapa-SPI; Brasília-DF. 1996. (Série Documentos Embrapa; 22)