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Edição atual tal como às 14h34min de 14 de agosto de 2019
Sistema de cruzamento natural direcionado de uma espécie sexuada. Diferentemente do conceito acima, aqui estabelece-se uma preferência para o cruzamento entre indivíduos da população que repartam alguma característica comum. A seleção desenvolve marcadores reconhecíveis nos organismos. Em plantas, o conceito está firmemente relacionado com as características apresentadas pela flor para atrair o inseto voador para efetuar a polinização diferencial. A flor pode desenvolver mecanismos que afetam a produção de pólen, néctar ou odores ou, ainda, criar mecanismos estruturais (ex.: heterostilia) que levem a um cruzamento direcionado entre indivíduos. A produção de flores com cor ou brilho diferentes na mesma espécie pode discriminar vetores e, assim, culminar com o fenômeno de seleção sexual, que é qualquer afastamento do cruzamento ao acaso entre habitantes da mesma vizinhança. No pareamento assortativo ocorre a polinização preferencial entre indivíduos que se assemelham em uma ou mais características. A maior parte da polinização assortativa se expressa como auto-fertilização ou polinização entre plantas próximas umas das outras, o que aumenta os efeitos da autogamia. No pareamento disassortativo ocorre a polinização preferencial entre indivíduos que diferem entre si em uma ou mais características. Para plantas entomófilas é o comportamento do inseto polinizador que se constitui no fator determinante sobre o alcance e eficácia do fluxo gênico, bem como da estruturação genética de populações.[1]
Referências
- ↑ VALOIS, A. C. C., SALOMÃO, A. N. S., ALLEM, A. C. (Organizadores); Glossário de recursos genéticos; Embrapa-SPI; Brasília-DF. 1996. (Série Documentos Embrapa; 22)